A psicologia ambiental é uma área relativamente recente, e procura otimizar o comportamento humano na interação com o meio ambiente.
Por sua vez a sua ação estende-se por muitas das outras áreas, como a psicologia clínica, educacional, organizacional entre outras.
A psicologia ambiental teve origem após a Segunda Guerra na reconstituição das cidades origem, os seus primeiros estudos oficiais surgiram por volta de 1960.
Quando falamos sobre ela, não nos referimos especificamente às condições climatéricas e aos fatores de poluição como é hábito no conceito de “Ambiente”, referi-mo-nos a algo muito mais amplo, não obstante incluindo também esses fatores.
Mas em psicologia, ambiente refere-se a tudo o que envolve o Ser humano e pode influenciar o seu comportamento e bem-estar.
Como em muitas outras áreas da psicologia o “Ambiente” está presente, a psicologia ambiental pode interligar-se facilmente com essas áreas.
Em psicologia clínica, a ambiental pode proporcionar um ambiente mais propício à pessoa sentir-se bem, de forma a melhorar a relação terapêutica.
Na psicologia educacional, a ambiental pode proporcionar um ambiente mais propício à aprendizagem, à motivação e à interação professor-aluno.
Em psicologia organizacional, ela poderia proporcionar um ambiente otimizador do desempenho ou da criatividade, de forma aos trabalhadores trabalharem mais e melhor.
A psicologia ambiental pode intervir a vários níveis, não apenas no nível pessoal como também no arquitetônico. Desde adaptar a temperatura, a luz, as cores ao trabalho do individuo, até à intervenção na arquitetura de edifícios.
Existem estudos da psicologia ambiental, na construção e arquitetura de edifícios como prisões, lares, hospitais, fabricas, escritórios.
É importante referir que está comprovado cientificamente que fatores externos influenciam mais o nosso comportamento que fatores internos.
Isto é, perante determinado ambiente, (independente das capacidades cognitivas, personalidade, estrutura neurológica, …) teremos mais probabilidade de ter determinado comportamento. Logo, o ambiente atinge uma extrema importância.
Pela manipulação ambiental, pode ser possível aumentar as interações sociais ou diminuí-las; pode fazer com que os trabalhadores tenham um melhor desempenho ou fazer o seu desempenho decrescer; pode fazer com que um aluno se sinta motivado e participe ou o desmotive, inibindo-o (um exemplo utilizado frequentemente pelos professores é a alteração da disposição mesas e cadeiras, em forma de “U”, em círculo ou em quadrado, melhorando face à forma tradicional).
A psicologia muitas das vezes não altera apenas o comportamento como também altera outras capacidades cognitivas.
Estudos curiosos indicam por exemplo que: indivíduos estando numa sala com fotografias de personagens inteligentes como Einstein, Thomas Edison, entre outros, respondem a mais perguntas corretas no jogo do trivial; as cores também revelam ter um efeito interessante nas capacidades cognitivas dos indivíduos.