Será que é possível encontrar a felicidade na academia? Por que é tão difícil ser feliz? Quantas pessoas você conhece que buscam este estado de espírito todos os dias?
Foi para responder a estas perguntas que o psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi, professor Phd da Universidade de Chicago, criou na década de 70 a teoria de Flow e se tornou um dos principais pesquisadores da psicologia positiva no mundo.
Csikszentmihalyi, em seu estudo sobre a felicidade, constatou que essa é uma situação de satisfação, de equilíbrio físico e psíquico.
É atrás dessa tal felicidade e do equilíbrio mental que muita gente hoje procura academia de fitness com propostas diferenciadas, que fujam da boa e velha musculação clássica e apresente algo bem mais dinâmico.
Antenados com as melhores tendências de treinamento funcional no mundo, o Flow (fluxo em português) é uma metodologia criada pelo professor Alexandre Franco, consultor internacional da Nike, onde é possível entrar num estado de consciência em que mente e corpo encontram-se em perfeita harmonia.
Isso ocorre principalmente durante a realização de atividades que deixam as pessoas felizes e nas quais podem dar o seu melhor.
A concentração extrema, os desafios colocados, e, especialmente, a motivação, fazem a pessoa entrar no chamado estado de Flow e não se dar conta do tempo e até da própria noção de indivíduo, sendo induzido a uma experiência de plenitude.
O profissional de educação física Raphael Gil Zakzuk, coordenador da academia Run2Fit, começou a trabalhar com aulas em grupos, no qual propõe desafios internos para cada aluno, sem haver competição entre eles, apenas aplicando técnicas para fazer com que consigam conquistar e chegar no estado de Flow.
“As pessoas são feitas de energia e nada melhor do que usarmos a própria energia para motivar outras pessoas a produzirem mais energia! Quando estamos de bem com a vida, atraímos muitas coisas positivas, e hoje a minha missão é essa, levar energia para as pessoas.”, diz Gil.
Por ser a felicidade uma busca constante do Ser humano, o Flow acaba também se aplicando a todos os públicos.
Pessoas mais velhas, acima do peso, atletas, o que vale é a busca do prazer, e, claro, da motivação de uma aula bem dada.
É o caso do empresário Claudio Barbosa, de 45 anos, que era do tipo que ficava no sofá enquanto a esposa e filha iam treinar.
Hoje, Claudio confessa que praticar o Flow é como se estivesse vivendo a época do final do ano, a energia dos fogos do Réveillon.
“É nesse estado de espírito que entro quando eu estou fazendo Flow. Uma explosão de energia. E é ela que me move.”, comenta.
Já o atleta Wellington Francato achava que só precisava de peso e musculação, mas descobriu no Flow o incentivo para chegar no seu limite e aguentar mais.
“O corpo às vezes quer parar, mas se você tiver um trabalho psicológico na mente o corpo aguenta muito mais.”, declara Francato.