Muita gente acha que as doenças do coração estão somente associadas à alimentação e ao sedentarismo, mas o dia a dia profissional também pode contribuir para este quadro.
O site Health.com avisa que muitas características relacionadas ao trabalho podem aumentar os ricos de ataques cardíacos e outros problemas.
Fatores como ficar sentado o dia todo, estresse, excesso de horas de trabalho e exposição a certas substâncias químicas ou poluição podem prejudicar o seu coração.
Veja na galeria algumas profissões de risco e características relacionadas ao trabalho que podem contribuir para este quadro.
Policiais e bombeiros
Trabalhos caracterizados por altos picos de estresse, como as funções de bombeiros ou de policiais também colocam o coração em risco.
Cerca de 22% das mortes em distritos policiais são dentro do trabalho, assim como 45% dos bombeiros estão 45% sujeitos a doenças cardiovasculares do que em outros tipos de trabalho.
Longas horas de trabalho, turnos puxados, alimentação inadequada no trabalho, estresse e exposição ao monóxido de carbono e outros poluentes também são fatores de risco.
Recepcionistas
Pessoas que têm um dia a dia sedentário no trabalho têm maiores riscos de desenvolver problemas cardíacos do que os que desempenham funções mais ativas.
Ficar por muitas horas sentado pode causar uma queda na sensibilidade à insulina e enzimas que normalmente quebram a gordura.
Levantar e dar uma voltinha de vez em quando pode ajudar, ou então, desempenhar algumas tarefas em pé.
Motoristas de ônibus
Motoristas têm maiores chances de desenvolver hipertensão. Além do sedentarismo ligado à ocupação, eles precisam estar o tempo todo alertas para manter a segurança dos passageiros, o que pode gerar um maior nível de estresse.
Um estudo mostrou que 56% dos motoristas de ônibus tinha hipertensão, comparados com apenas 31% de pessoas com o mesmo quadro, de outras profissões.
Eles também apresentaram colesterol alto e peso corporal acima da média.
Trabalhos por turno
Pessoas que trabalham por escala, como médicos, enfermeiras e outros, têm maiores chances de desenvolver doenças do coração e diabetes do tipo 2.
Isso porque o trabalho por turno pode atrapalhar o ritmo circadiano, o “relógio” que regula o açúcar no sangue, a pressão arterial e os níveis de insulina.
O estilo de vida também é um fator que contribui para este quadro. Quem trabalha em turnos durante a noite são mais propensos a fumar, e, além disso, dormir pouco é outro fator que pode aumentar o risco de problemas cardíacos.
Bartenders
Muitos lugares do mundo já têm restrições quanto a fumar dentro de ambientes fechados, como restaurantes e bares.
Mas os bartenders que trabalham em lugares que não têm essa restrição são forçados a inalar fumaça de cigarro diariamente. Uma boa ventilação seria uma boa aliada neste sentido.
Operários em pontes e túneis
Um estudo de 1988 feito com mais de cinco mil trabalhadores de pontes e túneis em Nova York mostrou que eles têm 35% maior riscos de desenvolver doenças cardíacas quando comparados ao resto da população.
Isso porque geralmente estão expostos a altos níveis de monóxido de carbono e à poluição do ar, que também aumenta as chances de derrame.
Muita exigência, pouco controle
Pessoas que trabalham em fábricas ou em qualquer função com alta exigência e pouco controle sobre o ritmo ou as condições de trabalho também estão mais expostas ao risco das doenças cardíacas.
Um estudo feito com 11 mil britânicos mostrou que funcionários públicos que tinham baixo controle sobre o trabalho demonstraram o dobro de risco de desenvolver doença cardíaca, em comparação com aqueles com mais controle sobre seu trabalho.
Muitas horas de trabalho
Pessoas que ficam muitas horas trabalhando podem ter a saúde do coração prejudicada. Uma pesquisa mostrou um aumento de 67% de risco de doença cardíaca coronária entre funcionários públicos que trabalhavam 11 ou mais horas por dia em comparação com aqueles que faziam de 7 a 8 horas.
Se você não pode diminuir este período, deve incluir muitas frutas e verduras na alimentação, além de exercícios físicos e boas horas de sono.
Empregos sem seguro saúde
A falta de seguro de saúde tem sido associado às piores condições de saúde de um modo geral, especialmente quando se fala de coração.
Dados de um estudo de 2007, publicado no Journal of the American Medical Association, comprovam que adultos que começaram a receber suporte médico apresentaram melhoras em seu quadro geral de saúde.
Perder o trabalho
Trabalhadores que perderam seus empregos sem terem cometido algum erro (por exemplo, quando a empresa fecha), têm o dobro de risco de derrame de acordo com um estudo de 2004.
Outra pesquisa feita em 2009 pela Universidade de Harvard mostrou que pessoas que perdem seus empregos são mais propensas a desenvolver problemas como pressão alta, diabetes e doenças do coração.