A felicidade é anelada por muitos, contudo nem todos sabem que essa sensação tão buscada é proporcionada por um grupo de hormônios.
Eles são produzidos naturalmente pelo corpo e podem ser estimulados com ações simples e extremamente benéficas.
Embora possa haver um aspecto genético envolvido, a felicidade é algo que qualquer pessoa pode ter acesso por meio de algumas ações simples.
O estilo de vida, os hábitos, a rotina, as atividades físicas e mentais. Tudo isso influencia nos hormônios da felicidade e bem-estar.
Afinal, quais são os hormônios da felicidade e bem-estar?
Durante décadas, pesquisadores tentaram estudar e entender os predicadores de felicidade. Alguns pesquisadores acreditam que ela se deve a fatores genéticos e hereditários e outros acreditam que é causada por fatores ambientais.
Todos os neurotransmissores atuam como mensageiros químicos, transportando, estimulando e equilibrando os sinais entre neurônios, células nervosas e outras células do corpo.
Após a liberação, o neurotransmissor atravessa a lacuna entre as células e se liga a outro neurônio, estimulando ou inibindo o neurônio receptor, de acordo com a sua característica.
Além das sensações, eles podem afetar uma ampla variedade de funções físicas, incluindo frequência cardíaca, sono e apetite.
O quarteto da felicidade, como ficaram conhecidos, são:
- Endorfina;
- Dopamina;
- Serotonina;
- Ocitocina.
Conhecendo os hormônios da felicidade
Como pudemos ver acima, o quarteto da felicidade é um grupo de hormônios conhecidos por influenciar nosso humor de maneira positiva.
Contudo, cada um destes neurotransmissores têm as suas características e particularidades, agindo de maneira diferente no corpo e trazendo diversas reações do organismo.
Assim, quando juntamos os quatro hormônios, cada um com a sua maneira de ser, podemos obter felicidade e bem-estar.
Considerando isso, é importante conhecermos a fundo essas substâncias e seus efeitos.
Serotonina: conhecendo o hormônio da felicidade
Segundo a literatura científica, a serotonina é um neurotransmissor encontrado principalmente no sistema nervoso central (SNC), trato gastrointestinal e plaquetas.
A serotonina afeta cada parte de você, desde suas emoções até seu corpo e habilidades motoras. Além de também é considerada um estabilizador natural do humor.
Veja como a serotonina atua em várias funções em seu corpo:
- Movimentos intestinais: segundo estudos, cerca de 90% da fonte confiável da serotonina em seu corpo é produzida em seus intestinos. Ajuda a controlar os movimentos e funções intestinais.
- Humor: a ciência acredita que a serotonina no cérebro regula sentimentos, incluindo felicidade e ansiedade. Pensa-se que os medicamentos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) aliviam os transtornos do humor, aumentando a atividade da serotonina no cérebro.
- Náusea: a serotonina no estômago e nos intestinos ajuda o corpo a iniciar náuseas e vômitos em resposta a doenças, alimentos ou outras condições, de acordo com análises.
- Sono e vigília: sua capacidade de permanecer acordado é controlada por neurotransmissores, incluindo a serotonina. Segundo pesquisas, enquanto você dorme, o produto químico está envolvido na alternância entre o sono REM e não REM.
- Coagulação do sangue: as plaquetas no sangue armazenam serotonina. Conforme documentos científicos, quando seu corpo precisa reparar danos, as plaquetas liberam serotonina para ajudar a parar o sangramento e curar feridas.
- Atividades sexuais: ainda, estudos comprovaram que a serotonina está envolvida no controle das funções sexuais do corpo. Pode ser por isso que os medicamentos que afetam os níveis de serotonina estão associados a efeitos colaterais sexuais.
Dopamina: conhecendo o hormônio do prazer
A dopamina é mais conhecida por sua participação no ciclo de recompensa, estimulando nosso cérebro a completar tarefas.
E é exatamente por causar sensação de prazer que sua liberação é estimulada por algumas drogas viciantes.
Além disso, a dopamina atua no controle de movimentos, aprendizado, cognição e memória.
Pesquisadores creem que sintomas como falta de interesse, baixa motivação e tristeza constante estão ligados a uma disfunção no seu sistema de dopamina.
Eles também acham que essa disfunção pode ser desencadeada por estresse, dor ou trauma de curto ou longo prazo.
Endorfina: conhecendo o hormônio do bem-estar
Segundo a literatura científica, as endorfinas, também conhecidas como opióides endógenos, são grupos de cadeias de proteínas chamadas peptídeos. Eles são principalmente controlados e liberados pelo hipotálamo e pela glândula pituitária.
Eles são um tipo de neurotransmissor – e, em alguns casos, também são considerados hormônios – que, segundo estudos, atuam nos receptores opiáceos para aliviar a dor e promover sentimentos de prazer, ainda que não sejam totalmente compreendidos.
Curiosamente, o termo endorfina vem das palavras “endógeno”, que significa do corpo, e “morfina”, um analgésico opiáceo.
Embora existam várias formas de endorfinas, as beta-endorfinas são as mais estudadas e conhecidas por seus efeitos de alívio da dor.
A endorfina atua como um poderoso analgésico, agindo nas células nervosas específicas, nos fazendo sentir menos desconforto e ajudando a controlar a resposta do corpo ao estresse.
Por exemplo, as endorfinas são liberadas durante experiências dolorosas, como quando você torce o tornozelo, para aliviar temporariamente a dor e o desconforto. Eles também são liberados durante momentos prazerosos, como comer chocolate, fazer sexo ou se exercitar.
Segundo estudos, se o seu corpo não produzir endorfinas suficientes, você pode correr um risco maior de desenvolver certos problemas de saúde ou sintomas, como:
- Aumento de dores e dores;
- Um risco aumentado de depressão e ansiedade;
- Mau humor;
- Vício;
- Problemas para dormir.
Outra pesquisa mostrou que pessoas com enxaqueca têm níveis sanguíneos mais baixos de beta-endorfinas, comprovando os efeitos do hormônio no alívio de dores e afins.
Ocitocina: conhecendo o hormônio do amor
Segundo a literatura científica, a ocitocina é um hormônio que serve para regular o funcionamento de diversos processos no organismo.
Ela é produzida pelo hipotálamo – uma área do cérebro – e armazenada na glândula pituitária, um órgão do tamanho de uma ervilha, localizado na base do crânio.
Quando liberada, ela atua como um neurotransmissor, ou seja, permite a ligação entre neurônios, ativando ou desativando processos do sistema nervoso.
A ocitocina forma, junto com a serotonina, a dopamina, a noradrenalina e a endorfina, um grupo conhecido como “hormônios da felicidade”, por sua capacidade de regular as sensações humanas.
Dados científicos indicam que a oxitocina inibe o centro de medo no cérebro, facilitando a diminuição dos seus estímulos.
O estudo indica que, quando administrada pelo nariz, esse hormônio ativa um circuito dentro da amídala, inibindo as respostas do medo.
Outra pesquisa mostra que ela pode ajudar na recuperação de pessoas com estresse pós-traumático.
A ocitocina reduz a liberação do hormônio ACTH, que estimula a produção do cortisol. Assim, a ocitocina pode interferir na produção do hormônio que está ligado aos efeitos do estresse no organismo.
Ao longo do artigo foi possível perceber a influência do quarteto da felicidade no organismo humano, possibilitando a sensação de bem-estar e felicidade em todo e qualquer indivíduo.
Também foi evidenciada a importância das diversas funções desempenhadas por estes neurotransmissores no organismo para a funcionalidade do organismo, comprovando que o conhecimento em hormonologia torna-se novamente indispensável quando o assunto é o bem-estar e a qualidade de vida.