O efeito sanfona desequilibra hormônios importantes para o controle do comportamento alimentar e faz com que muita gente desista de fazer dieta.
Emagrecer a todo custo, e de maneira rápida, pode ter um preço alto. Quando dietas restritivas ou muito radicais entram em ação, o corpo fica alerta e as reações são imediatas.
Sim, o objetivo vai ser atingido e o corpo vai emagrecer. No entanto, ao perder o peso, o organismo elimina também a massa magra (músculos), essencial para a saúde.
Se a dieta for inviável de se manter na rotina diária, ou não estiver em um princípio saudável e sustentável, o efeito sanfona é inevitável e a recuperação do peso perdido acontece logo após a pessoa abandonar a dieta.
O efeito sanfona desequilibra hormônios importantes para o controle do comportamento alimentar, como a insulina e a leptina.
Tal desequilíbrio deixa o metabolismo mais lento e aumenta o apetite, o qual surge como uma compensação.
As razões do efeito sanfona são físicas e psicológicas. Ao perder peso de maneira rápida, o corpo interpreta uma situação de perigo (a escassez de alimento) e passa a estocar gordura, além disso, reduz o ritmo do metabolismo, o que, por sua vez, favorece o ganho de peso (de novo).
Eu quero
Após uma restrição alimentar, é comum vir à tona vontades incontroláveis de alimentos proibidos durante a dieta, de modo que as quantidades ingeridas ultrapassem os limites.
Entra em ação aqui o aumento da grelina, o hormônio da fome e a queda da leptina, o hormônio da saciedade.
Longe de ser uma questão apenas de estética, o ciclo de perder e ganhar peso afeta a saúde física e mental das pessoas.
Ao recuperar o peso perdido, podem surgir sentimentos de tristeza, ansiedade e sensação de incapacidade, além de sintomas depressivos.
Com o sobrepeso, o indivíduo está sujeito ainda a diabetes, pressão alta, entre outras complicações. Sem falar na falta de disposição e vitalidade.
E agora?
Para combater o efeito sanfona, é importante adotar um estilo de vida e seguir os hábitos alimentares saudáveis, prática de exercício físico, além de acompanhamento profissional com médico, nutricionista, treinador e até psicólogo ou terapeuta.
O planejamento é essencial e a adequação de hábitos em longo prazo vai trazer resultados muito benéficos para a saúde.
O sistema endócrino, junto com o Sistema Nervoso Central, é o responsável por coordenar as funções do nosso organismo.
São as glândulas responsáveis pela produção dos hormônios vão ditar o ritmo do funcionamento do corpo.
Muito além da alimentação, estão as questões hormonais e emocionais. Aqui, o acompanhamento médico com um endocrinologista se faz necessário para o emagrecimento sustentável, evitando, desta forma e de uma vez por todas, o efeito sanfona.