A cidade de Curitiba enfrenta um surto de Hepatite A. O Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde identificou que o surto na capital está sendo transmitido de pessoa para pessoa, principalmente por relação sexual desprotegida. A transmissão se dá por meio do compartilhamento de objetos, mãos contaminadas ou sexo anal/oral entre uma pessoa que adoeceu pelo vírus pelo contato de fezes com a boca.
E o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde divulgado no último dia 10 de junho não é nada animador. A Secretaria Municipal de Saúde, confirmou mais 38 casos da doença. De janeiro a 7 de junho deste ano, já foram registradas 310 infecções, cinco mortes e um transplante hepático.
A faixa mais predominante é masculina e correspondem a 73,5% (228) dos casos, principalmente homens jovens, entre 20 e 39 anos. Entre as mulheres a taxa é de 26,5% (82) dos casos confirmados. Das pessoas que contraíram a doença, 187 precisaram de internação hospitalar e 11 deles de cuidados intensivos em UTI.
A Hepatite A é uma doença infectocontagiosa transmitida aos seres humanos por fezes contaminadas. Mesmo depois de se curar, a pessoa contaminada continua eliminando o vírus nas fezes por até 150 dias, o que mostra o potencial de disseminação da doença.
“A principal prevenção se dá pelos cuidados de higiene, como a lavagem das mãos e do corpo depois de utilizar o banheiro e do sexo anal, relações sexuais protegidas, além de garantir o acesso a água e alimentos de boa procedência, manipulados com as boas técnicas sanitárias”, explica a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
Imunidade
Quem já foi infectado pela Hepatite A em algum momento da vida está imune contra a doença, assim como quem recebeu a vacina. Desde 2014, as crianças até cinco anos de idade têm acesso à imunização pelo SUS, presente no calendário vacinal da infância e disponível em todas as unidades de Saúde de Curitiba.
Outros públicos que também podem receber a vacina pelo SUS são pessoas com condições específicas de saúde, como candidatos a transplantes, pessoas com HIV, imunossuprimidos, entre outras situações. Nesses casos a aplicação podem ser feitos nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Sintomas
Os principais sintomas da Hepatite A são: fadiga, febre, mal-estar e dores musculares. Estes sintomas se confundem com outras doenças virais, o que determina atenção para o diagnóstico precoce.