As tendências estão sempre surgindo, seja no mundo da moda, na tecnologia, e, por que deixá-las de fora da nossa saúde mental?
Janeiro é o momento em que as pessoas começam a colocar suas metas e resoluções de ano novo em prática.
Este também é o mês de valorização da saúde mental, o que ocorre sobretudo com a campanha Janeiro Branco.
Não é coincidência que a campanha aconteça no primeiro mês do ano, quando as pessoas estão bastante estimuladas a melhorar sua qualidade de vida e bem-estar.
Mas, como administrar o bem-estar, o dia a dia profissional e uma rotina atribulada?
Considerando que trabalhamos cerca de 8 horas por dia, podemos concluir que as pessoas passam em média um terço de suas vidas trabalhando.
Segundo a pesquisa do National Health and Nutrition Examination Survey, mais de 30% dos indivíduos dormem menos de sete horas por noite, o que os expõe ao risco de doenças cardíacas, obesidade e distúrbios de humor.
Além disso, quando as pessoas estão cansadas, são mais propensas a cometer erros. É por isso que a saúde dos funcionários pode ter um impacto direto sobre sua capacidade de fazer bem seu trabalho e precisa de maior atenção das empresas.
O bem-estar é uma preocupação crescente entre as pessoas
De acordo com o relatório “Panorama do bem-estar corporativo 2022”, realizado pelo Gympass, as pessoas têm considerado o bem-estar um pilar tão importante quanto o salário (83%), enquanto 77% afirmam que pensariam em deixar uma empresa que não prioriza o bem-estar, demonstrando que a busca por uma vida mais saudável e flexível tem aumentado consideravelmente.
O conceito de work-life wellness tem se aproximado cada vez mais das pessoas, que buscam por flexibilidade ao invés de equilíbrio entre vida pessoal e carreira.
Em 2023, será comum a recorrência de pessoas fazendo atividades em grupo, focadas em seus corpos e mentes.
A realidade virtual também se fará mais presente, assim como a busca pela desintoxicação digital, abundância social e exercícios de curta duração, porém eficazes.
Depois de alguns anos vivendo sob a insegurança da pandemia, as pessoas querem se sentir vivas e buscam por mais aventura e diversão em suas rotinas de bem-estar.
Pensando nisso, o Gympass aponta 6 tendências de bem-estar para 2023. Confira:
1. Tecnologias focadas no bem-estar
As tecnologias vestíveis (wearable devices) que rastreiam a atividade física, sono, calorias queimadas, níveis de estresse e muito mais estão explodindo em popularidade.
Os empregadores estão vendo enormes benefícios em oferecer estes dispositivos tecnológicos como um benefício para os funcionários.
Essas tecnologias atuam como programas de bem-estar viáveis. Isso porque elas ajudam a manter a hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade sob controle, monitorando os níveis de atividade dos funcionários, o ritmo cardíaco e a pressão arterial.
Como mostra o relatório do Panorama do Bem-estar Corporativo 2022, há uma lacuna entre a demanda por serviços de saúde mental e sua disponibilidade atual.
As aplicações de condicionamento físico e meditação são como “personal trainers” para o corpo e a mente.
Afinal, uma meditação de 10 minutos pode melhorar o foco ao mesmo tempo em que reduz o estresse. Além disso, os intervalos de movimento – microtreinos que duram apenas alguns minutos – podem ajudar os funcionários a obter o impulso de endorfina que aumenta seu humor várias vezes ao longo do dia de trabalho.
2. Yoga esportiva específica
Talvez você não saiba, mas a prática da Yoga é múltipla e versátil, especialmente para quem pratica outras modalidades de esportes.
Há, por exemplo, Yoga para golfistas, para corredores, para dançarinos. Até mesmo o astro do basquete LeBron James a pratica.
Falando em basquete, o Los Angeles Clippers emprega um instrutor de Yoga em tempo integral para a equipe.
Qualquer que seja sua modalidade, há uma aula de Yoga para ajudar a esticar os músculos sobrecarregados e equilibrar corpo e mente.
3. A respiração como ferramenta
Poucas pessoas são conscientes e tiram proveito do poder de sua respiração. O uso de técnicas de respiração antigas – como pranayama – traz inúmeros benefícios.
Elas podem, por exemplo, aumentar a energia, reduzir a dor, aumentar a criatividade, melhorar o foco, o desempenho no trabalho, equilibrar o sistema nervoso, fortalecer o sistema imunológico, aumentar a moral e reduzir o estresse.
A respiração 4-7-8 (que consiste em fechar a boca e inalar pelo nariz para uma contagem de 4, segurar a respiração para uma contagem de 7 e exalar completamente pela boca, como um sopro forte e longo, para uma contagem de 8) é, segundo o Dr. Andrew Weil, um “Tranquilizante natural para o sistema nervoso”.
Já a respiração Ujjayi é um estimulante do humor que reduz o estresse e aumenta a concentração e o foco. A técnica consiste em uma respiração audível que é inalada e exalada através do nariz.
4. Atividade física em grupo
O Pole Fitness, o tapete Pilates, a Yoga aérea, o arco aéreo, além das velhas modalidades conhecidas – como Zumba, CrossFit e Spin – estão voltando a se tornar bastante populares.
Os praticantes, muitas vezes, se esforçam mais quando trabalham em grupo. Além disso, as aulas de ginástica também são uma ótima maneira de conhecer pessoas e socializar.
5. Refeições à base de plantas
As pessoas estão se dando conta de que não precisam necessariamente se tornar vegetarianas ou veganas para colherem os benefícios – para si mesmas e para o meio ambiente – de uma dieta à base de plantas.
Muitos estão adaptando a “Dieta Vegetal 5-2” – que consiste em cinco dias por semana apenas de alimentos vegetais e dois dias de refeições com produtos animais.
Os benefícios desse tipo de alimentação incluem perda de peso e menor risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e certos tipos de cânceres.
6. Voluntariado em conjunto
Quando os funcionários alcançam o bem-estar na vida profissional, eles têm tempo e energia para retribuir.
Os programas de voluntariado impulsionam a moral e criam um melhor ambiente de trabalho.
Funcionários que realizam trabalho voluntário também têm mais orgulho da empresa onde atuam, sentem-se agentes de mudança e valorizam mais a diversidade, aponta um levantamento inédito realizado pelo Plano CDE, a pedido da Fundação Iochpe.