O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) será parceiro de Curitiba na modelagem da nova concessão dos serviços de Mobilidade e Transporte prevista para 2025.
No dia 10 de maio, em reunião no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), uma equipe operacional do Banco discutiu a estratégia de trabalho com técnicos do município e apresentou um cronograma de ações.
O processo envolve etapas de estudo, diagnóstico detalhado da RIT, apresentação de cenários para a reestruturação do transporte e a formatação do modelo, considerando as metas de descarbonização definidas no Plano de Ação Climática de Curitiba (PlanClima).
“Temos o compromisso do prefeito Rafael Greca de estruturar uma modelagem adequada de um novo sistema de mobilidade sustentável, de baixo custo e com qualidade. Por isso, queremos trazer o BNDES, com quem já temos parceria de sucesso em PPP, para a modelagem da concessão.”, afirmou o presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur.
Contamos com a expertise e a credibilidade do Banco para a definição de um modelo consistente, com foco na mudança da matriz energética, a racionalização do sistema para a redução de custos e a definição de uma tarifa atraente ao usuário.”, disse Jamur.
De acordo com a gerente de Projetos do BNDES, Fernanda Cotta, o projeto de Curitiba é elencado como prioridade por ser de eletromobilidade.
“A sustentabilidade precisa estar incluída, necessariamente. O papel do BNDES é também estimular a indústria nacional. Nossa meta é a de chegar a um leilão de concessão. Trabalhamos para a montagem de um modelo viável, que tenha atratividade, mobilize a capacidade da indústria nacional e consiga atrair players.”, observou.
Na reunião, Fernanda foi acompanhada por Flávia Pereira e Servio Nascimento, também da coordenação de projetos do BNDES; do chefe do departamento Jurídico, Vitor Filgueiras; do gerente Jurídico, Rafael Randerson; da advogada Manuela Imbroisi; e também do chefe do Departamento Comercial do banco, Ian Ramalho; e do gerente Comercial, Mário Miranda.
Também participaram a assessora de Investimentos do Ippuc, Ana Jayme; o assessor de Mobilidade, Cléver de Almeida; o diretor de Operações da Urbs, Aldemar Venâncio Martins; o gestor da área de Operação do Transporte Coletivo, Sérgio Oliveira; o gestor da área de Desenvolvimento, Inovação e Criação, Thiago Marquardt; e integrante da área de Fiscalização do Transporte, Claudinei Moro.
Cadeia produtiva
O estímulo à indústria nacional no processo de transição para a eletromobilidade foi uma das prioridades apontadas pela equipe do BNDES.
“Curitiba tem potencial indutor. Temos a preocupação de contemplar num futuro contrato o estímulo para que os veículos que forem circular tenham conteúdos locais.”, observou o chefe do Departamento Comercial do banco, Ian Ramalho.
Nesse contexto, o presidente do Ippuc ressaltou o processo em curso em Curitiba que envolve análise e testes, com a participação de toda a cadeia produtiva do transporte.
“Estamos sinalizando para o mercado que haverá demanda para alavancar a indústria. Trabalhamos com diversas possibilidades, inclusive, com a de retrofit de veículos a diesel para elétricos. Temos a Volvo que produz aqui. Na primeira reunião que tivemos com eles, no início desta gestão, não havia previsão da disponibilidade de ônibus elétricos.”, disse Jamur.
A assessora de Investimentos do Ippuc, Ana Jayme, reforçou que o instituto é interveniente na parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná para a criação de um parque tecnológico com vistas à mobilidade sustentável.
“Vemos isso, inclusive, como um vetor para o desenvolvimento econômico na região, porque precisaremos de produção em escala.”, salientou Ana.
Cronograma
A previsão da equipe do Banco é que a proposta de trabalho com vistas à modelagem da nova concessão do transporte de Curitiba seja apresentada ao Comitê de Elegibilidade (CEP) do BNDES no próximo 31 de maio.
Até janeiro de 2024 serão cumpridas as etapas para a contratação da equipe de consultores que atuará junto ao Banco para o desenvolvimento do modelo e a preparação das documentações para a concessão, que envolve edital, minuta de contrato e a licitação que será por leilão.
O início do projeto está previsto para 2024 e a execução das fases de estruturação, realização de consulta pública e publicação de edital no início de 2025.