Meu nome é Francisco Filho e gostaria de compartilhar algumas histórias sobre as nossas pescarias e também algumas curiosidades.
Minha história no início da pescaria é um tanto inusitada, pois sempre gostei deste passatempo que acabou se tornando um esporte. Tudo começou há dois anos, durante uma festa, quando um amigo (Mansell) começou a brincar dizendo que meu primo e eu deveríamos comprar um barco. Não parando por aí, ele ainda disse para minha esposa que eu deveria comprar um cachorro para ela. É irônico, mas hoje temos um barco e um cachorro.
Eu e meu primo Alisson, encontramos um barco com a ajuda dos nossos amigos (Bicho do Paraná Equipe de Pesca), porém ele estava em Minas Gerais. No final do ano, olhamos um para o outro e decidimos fazer a viagem para buscá-lo. A vontade de ter o barco era tão grande que superou a loucura que estávamos prestes a cometer: viajar até Minas Gerais e voltar no mesmo dia (não recomendo a ninguém). No entanto, a felicidade de ter o barco era tanta que mal podíamos esperar para colocá-lo na água e testá-lo para pescar.
Enquanto o (Biriba) fazia algumas reformas no barco, fizemos aulas e a temida prova teórica para obter a habilitação de arrais amador. Estudamos o máximo que pudemos, mas, no final das contas, apenas 30% do que estudamos caiu na prova. Por sorte, passamos com sucesso, o marinheiro responsável pediu para olhar para a câmera, mesmo sem saber porquê e lá veio, era a foto da arrais, saí com cara de quem tinha acabado de acordar após uma ressaca. Sim, irônico novamente.
Após passarmos por todas as burocracias, chegou o tão esperado final de semana em que colocaríamos o barco na água. Como pessoas ansiosas que éramos, já estávamos na marina às 6 da manhã, aguardando a abertura. Assim que o barco tocou a água, começou a nossa batalha para ligar o motor dois tempos. “Puxamos” a corda várias vezes, mas nada acontecia. Sentíamos o cheiro de óleo dois tempos misturado com gasolina, mas o motor simplesmente não dava sinal de vida. Então, nosso amigo Murilo veio nos ajudar, abriu a capa do motor e verificou se estava afogado ou não. Ele mexeu aqui e ali, e de repente uma fumaceira começou a sair. Com o barco finalmente na água, estávamos prontos para navegar e sentir a sensação de estar navegando no rio Guaraguaçu, litoral paranaense.
No entanto, após percorrer apenas vinte metros, o motor morreu bem no meio do rio. Os outros amigos logo vieram nos resgatar e perceberam que tínhamos um problema ali. A pessoa que nos colocou nessa “furada”, que era ter um barco, foi até nós para tentar resolver. Nosso amigo Mansell passou o dia inteiro navegando e puxando a corda para pagar por essa ideia maluca que nos deu. Brincadeiras à parte, sou grato pela parceria dos nossos amigos. Sem os conselhos e truques deles, teríamos enfrentado mais dificuldades do que qualquer pessoa que estivesse começando como nós.
Após uma grande resenha, fundamos o Bicho do Paraná – Equipe de Pesca e grupo de amigos que leva a pesca esportiva (pesque e solte) a sério. Nas próximas postagens, compartilharei mais sobre nossas viagens em busca dos famosos peixes “bisavô”, como costumamos brincar.
Foto Bicho do Paraná Equipe de Pesca