O novo Café do Teatro reinaugurou no dia 5 de dezembro, em Curitiba, completando 35 anos como um espaço totalmente dedicado à valorização artística e à cena cultural do Paraná.
Algumas mudanças, porém, precisaram ser feitas. O endereço agora é na Rua XV de Novembro, 1037, ao lado da entrada do Guairinha. Há estacionamento conveniado.
A tradição do Café do Teatro de atender até tarde da noite quem sai dos espetáculos e quer jantar, tomar uns bons drinques, conversar com amigos ou conhecer gente nova, vai continuar. Por isso, o horário de funcionamento ser a partir das 20h, até o último cliente.
No cardápio, as deliciosas e crocantes batatas suíças e o sanduíche Ventre do Minotauro (baguete, mignon, provolone e champignon) são os papéis principais.
A decoração é inspirada no teatro paranaense, com referências, figurinos, objetos de cena e premiações expostos no ambiente.
O Teatro do Café
A ideia pode parecer ousada: Um teatro dentro de um café-bar. Seria, então, um café-teatro-bar? Sim! Todos os artistas podem contar com mais este palco em Curitiba.
O espaço cênico mede 7 metros de parede a parede. Além do Teatro do Café, o novo Café do Teatro tem lugar para exposições de mostras e obras, como o painel fixo de lambe-lambe, “Um Novo Palco”, da artista plástica paranaense Bruna Alcântara.
Nas paredes do Café do Teatro, um mural duplo retrata duas artistas da década de 1940.
A arte em lambe-lambe é assinada por Bruna Alcantara. O Mural “Um Novo Palco” é resultado da pesquisa sobre o antigo cassino do Ahú.
Entre os anos de 1939 e 1946, centenas de mulheres se apresentavam, entre jogatinas e festas, num palco de madeira com cortinas vermelhas, no então, cassino do Ahú.
As fotos da época, agora expostas no café, colocam as artistas (anônimas) em evidência novamente. No palco, como elas merecem.
O desejo da autora do mural é de que essa memória não seja perdida. “Que estejam vivas na nossa memória, a memória de tantas outras: Somos luta, somos arte e somos resistência. Coragem, por amor à arte.”, complementa Bruna Alcântara.
História
Criado em 1987, ainda chamado de Café Poesia, o Café do Teatro reunia, desde então, o público formado por artistas, jornalistas e admiradores da cultura.
“A proximidade do Guaíra e a frequência de gente nessa região era muito forte. Era gente ligada à cultura.”, relembra Ruben Frota, o primeiro dono do estabelecimento.
“O Leminski era um habitué do Café Poesia, a Alice Ruiz, logicamente. Havia jornalistas como o Jacques Brand, cineastas, artistas, bailarinos. As pessoas se reuniam nele, nessa época, para criar situações culturais interessantes.”, completa Frota.
Foi em 1989 que Ulle Fulgraff assumiu o ponto e batizou, dali em diante, com o nome que todo mundo já ouviu falar: o Café do Teatro.