Nos games, assim como acontece nos cinemas, o terror é um gênero sempre presente, com grandes e pequenos expoentes marcando e assustando os jogadores a cada geração.
Sempre foi assim, mas parece que com a chegada dos gráficos tridimensionais do PS1, o gênero deu uma de suas principais guinadas, tanto em termos de dinâmicas e inovação quanto nos próprios sustos.
Antes do console original da Sony, os jogos de terror já existiam, mas foi nele que nasceram alguns dos principais expoentes do gênero, considerados clássicos absolutos até hoje.
Foi no PlayStation, afinal, o berço de nomes como Resident Evil e Silent Hill, dois grandes pilares do estilo, assim como de Parasite Eve e Dino Crisis, franquias saudosas das quais os jogadores esperam continuações até hoje.
Quer explorar esse mundo de gráficos com baixos polígonos, arestas afiadas e muita inventividade? Confira agora os 10 melhores games de terror para o PS1.
10. Nightmare Creatures
Uma inusitada mistura do estilo beat’em up, dos clássicos da luta de rua, e dos clássicos do horror deram origem ao game lançado em 1997, pela extinta Kalisto Entertainment.
Em um cenário gótico, um grupo de adoração demoníaca acaba sendo o responsável pela liberação de demônios e criaturas terríveis pelas ruas de Londres, enquanto buscavam um elixir que garantiria poderes sobrenaturais aos seres humanos.
Nightmare Creatures coloca os jogadores no controle de dois personagens muito bem armados em um confronto direto com lobisomens, zumbis, demônios e outros oponentes místicos.
O game publicado pela Activision é considerado por muitos como um clássico obscuro, mas também é daqueles que nunca foi esquecido por quem o experimentou na época.
9. Resident Evil
Um dos precursores do estilo Survival Horror aparece logo nos primeiros anos do PlayStation, representando também uma das poucas franquias que permanecem vivas até os dias de hoje.
A obra de Shinji Mikami, inspirada em sua própria obra e também clássicos do horror do passado, revolucionou ao trazer um estilo cinematográfico para os games, enquanto colocava o jogador na ponta dos dedos com pouca munição e inimigos com sede de sangue.
A investigação de Jill Valentine e Chris Redfield pela mansão de Resident Evil influenciou muita coisa que veio depois.
Ainda que tenha suas limitações, mesmo diante das duas sequências que vieram depois, não dá para negar a influência do clássico da Capcom e o caráter icônico de seus cenários e inimigos.
Quem não se assustou com o cachorro na janela, ao jogar pela primeira vez, está mentindo.
8. D
O PlayStation foi um dos primeiros consoles em que filmes e games começaram a se misturar, com D sendo um dos expoentes dessa junção.
O longa interativo de terror nos coloca no comando de Laura Harris, que investiga um hospital abandonado depois que o próprio pai se torna um assassino em série, cujas origens violentas parecem ter vindo da instituição.
D é uma das principais obras de Kenji Eno, que se dividia entre as composições musicais e o design de videogames.
O título também chamava a atenção por seus múltiplos finais e ambientação altamente atmosférica, gerando uma sequência que é amplamente lembrada como um dos clássicos cult dos consoles de 128-bits.
7. Clock Tower 2
Esta é uma das clássicas séries a sofrer com diferenças de numeração e lançamentos regionais, que por anos limitaram os fãs ocidentais no acesso a grandes obras.
No PlayStation, são dois games da franquia Clock Tower, enquanto o primeiro, The First Fear, é uma versão melhorada do título original, lançado originalmente para o Super Nintendo — ele, entretanto, jamais saiu do Japão.
Vale a pena, entretanto, procurar versões traduzidas por fãs antes de seguir para Clock Tower 2, mais facilmente encontrado.
Afinal de contas, para encarar o vilão Scissorman, é preciso saber usar o cenário a seu favor e entender a origem de seu aspecto sobrenatural, com diferentes personagens e um estilo point and click que remete aos clássicos dos PCs.
6. Galerians
Mais uma cria da franquia Resident Evil, Galerians troca as armas de fogo pela magia do garoto Rion. Ele acorda desmemoriado, mas percebe ser um bocado poderoso, com habilidades psíquicas que o ajudam quando ele descobre ser uma das grandes esperanças da humanidade contra um exército de seres geneticamente modificados.
Os poderes servem não apenas para enfrentar inimigos, mas também obter acesso a pistas e desvendar enigmas.
Para se manter ativo, porém, ele precisa usar medicamentos experimentais, o que traz um aspecto de horror de sobrevivência a Galerians, com os jogadores se vendo na obrigação de economizar recursos e saber a hora certa de recuperar a energia de Rion ou utilizar cada item.
5. Resident Evil 3
O motivo de tamanha aclamação para Resident Evil 3 está logo em seu subtítulo, Nemesis. A criatura implacável que persegue Jill Valentine, a heroína do primeiro game da série, durante toda a aventura torna as coisas muito mais difíceis, mesmo para quem já vinha dos dois games anteriores da série e estava acostumado com seus controles e estilo.
Resident Evil 3 nos coloca em uma cidade devastada, com uma história diretamente conectada ao segundo jogo da série e ao original.
Enquanto passamos por cenários conhecidos, como a delegacia, e exploramos seus arredores, tentamos sobreviver enquanto testemunhamos em primeira mão o desastre de Raccoon City. Não dá muito tempo de lamentar, entretanto, já que Nemesis está sempre no encalço.
4. Parasite Eve
Outra junção de duas energias absolutamente clássicas deu origem a um título igualmente querido pelos fãs.
Essa é a resposta para a pergunta sobre o que aconteceria se a Square unisse o terror biolígico de Resident Evil com os sistemas de RPG por turnos de Final Fantasy. O resultado é Parasite Eve, um título moderno, desafiador e inesquecível.
A revolta das mitocôndrias, que acaba transformando animais em criaturas terríveis e causando combustão espontânea nos habitantes de Nova York, é o ensejo inicial de Parasite Eve.
Aya Brea, porém, percebe ser imune aos poderes de Eve, e enquanto trabalha ao lado da polícia para investigar o que está acontecendo na cidade, também acaba embarcando em uma jornada sobre si mesma e suas relações com a antagonista.
3. Dino Crisis
A união de duas febres absolutas deu origem a um clássico que deixa saudades em muitos jogadores até os dias de hoje.
Em pleno auge do interesse pelos dinossauros e pelos games do estilo Survival Horror, Shinji Mikami, de Resident Evil, cria Dino Crisis de forma quase experimental, explorando novas ideias enquanto remexe estruturas do passado.
O resultado é um título claustrofóbico e com desafio alto, no qual todo e qualquer tipo de oponente é muito mais poderoso do que a protagonista. Regina até conta com um arsenal de armas, mas, mais do que isso, Dino Crisis usa a inteligência na exploração de cenários e o posicionamento neles para representar a diferença entre sobreviver ou virar almoço dos lagartões trazidos para o nosso tempo.
2. Silent Hill
As saudades que os fãs sentiam até os anúncios de novos games para consoles atuais é justificada desde o início de Silent Hill.
Altamente inspirada por Resident Evil, a Konami eleva a barra trocando os zumbis pelas criaturas sobrenaturais, enquanto exploramos uma cidade altamente enraizada em pesadelos pessoais e com uma grande maldição pairando sobre si.
Entre a névoa e o terrível chiado do rádio, controlamos Harry Mason no que começa como uma busca pela filha desaparecida após um acidente de carro.
Aos poucos, porém, vamos conhecendo figuras peculiares e o horror que faz de Silent Hill uma das cidades mais assustadoras e icônicas dos videogames, algo que foi apenas expandido nas sequências que vieram depois.
1. Resident Evil 2
Aqui, você pode escolher qual caixinha quer marcar, com o título da Capcom se encaixando em todas elas. Estamos falando não apenas de um dos melhores jogos de terror do PlayStation, como também entre todos os outros disponíveis no console, em sua própria franquia e de todos os tempos.
Uma obra em dois atos, com Leon Kennedy e Claire Redfield explorando uma Raccoon City que se vê tomada por destruição e os monstros da Umbrella.
Resident Evil 2 eleva a fórmula do original e também traz inovações narrativas, enquanto apresenta uma jogabilidade que abre diferentes caminhos para o jogador.
Pegar determinadas armas ou as deixar no armário pode prejudicar ou ajudar a jornada do outro personagem, enquanto a trama mistura uma busca familiar, traições corporativas, espionagem e até um amor altamente platônico.
Não é por falta de qualidade, mas sim pelo seu fator icônico que os fãs passaram duas décadas pedindo um remake. Eles só queriam viver tudo de novo.