A data de 10 de outubro marcou o Dia Mundial da Saúde Mental, promovido para marcar a conscientização das pessoas e a importância da saúde mental.
Apesar de muito divulgado atualmente, este aspecto do bem-estar humano ainda é muito negligenciado pelas pessoas, corporações, instituições educacionais e a sociedade como um todo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde não existe definição oficial de saúde mental, mas na perspectiva da psicologia, ela é um termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva que inclui a capacidade de um indivíduo procurar equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica.
E está aí uma palavra-chave para entendermos a saúde mental: Resiliência, ou seja, o enfrentamento saudável dos problemas e a capacidade de voltar a um estado emocional tranquilo, mesmo diante dos obstáculos, erros e imprevistos.
Isso não parece muito fácil nos dias de hoje né?! Com as obrigações no trabalho, problemas em família e nos relacionamentos, questões políticas e econômicas que nos cansam todos os dias, é natural sentirmos nervosos e ansiosos.
No Brasil, milhões de profissionais também estão sendo afetados pela instabilidade do mercado de trabalho que passa por uma transformação semelhante à revolução industrial, com demissões, reestruturações, exigências crescentes e uma incerteza constante.
Um em cada dez brasileiros enfrenta problemas de ansiedade, uma taxa três vezes maior que a média mundial.
No entanto, algumas reações ultrapassam o desconforto emocional e evoluem para doenças físicas e questões de saúde pública.
Por isso, é preciso enfrentar o problema de frente, quebrar o silêncio e pedir ajuda. Pode ser para a família, os amigos ou uma rede de apoio.
Vale também procurar um psicólogo ou psiquiatra. Hoje em dia, com a tecnologia, é possível fazer consultas on-line a preços bem mais acessíveis.
Também é necessário cuidar da qualidade de vida: Praticar atividade física, se alimentar bem, dormir o suficiente, fazer meditação ou exercícios de relaxamento.
Evitar gatilhos de ansiedade – como as redes sociais – e procurar momentos de prazer nos livros, na música, na conversa com os amigos.
A mente é uma ferramenta valiosa e poderosa, mas precisamos aprender a olhar para ela como cuidamos do corpo para usufruir de uma vida mais plena, com qualidade e bem-estar.
Essa é uma questão que não pode ser colocada debaixo do tapete e merece a atenção de todos.