Para estarmos bem, precisamos cuidar de todas as esferas de nossa vida e realizar práticas de bem-estar. Desde o corpo até as emoções.
Na nossa vida, em todos os ambientes acabamos sendo afetados de uma forma ou de outra (família, trabalho, amizades, bairro, comunidades).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a saúde como um “Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades.”
Cultivar o equilíbrio na nossa vida em todos esses meios a partir de práticas constantes é o que deixa nossa mente saudável.
Se libertar de frustrações, culpas, desentendimentos ou outras emoções nocivas é um caminho longo, mas pode começar com algumas tarefas interiores, como as que apresentamos a seguir.
1. Acalme sua mente
O primeiro passo para o bem-estar é parar e diminuir o ritmo por alguns minutos. Criar mais intimidade consigo mesmo e com sua mente.
Na correria do dia a dia, acabamos nos esquecendo de ficar alguns minutos em silêncio. A meditação é prática comprovada para o bem-estar, especialmente quando vista como uma forma de cultivar um estado mental, mas também não precisa se tornar mais um compromisso que irá gerar culpa.
Apenas pare em uma posição confortável e aquiete sua mente por alguns minutos quando estiver muito agitado e você já verá como as decisões seguintes se tornam mais leves.
“Experimente o silêncio. No início, pode parecer opressor. Pode parecer solitário. Mas o silêncio é uma poderosa escola de conhecimentos e sensações. O silêncio faz a gente olhar para dentro. Olhar para dentro tem um custo, mas os benefícios são muito maiores. Descobri (tão tarde!) que o silêncio ensina e liberta. Experimente o silêncio.”, comenta André Dahmer.
2. Faça o que tem que ser feito
Agir para que as pendências se resolvam o quanto antes também é uma forma de aliviar o estresse, diminuir a culpa e melhorar o bem-estar.
Uma boa forma de fazer isso é parar de vincular promessas ou metas em questões pessoais e focar na realização, sem enganar aos outros e a nós mesmos.
Procrastinar nada mais é do que encontrar justificativas vazias para nossa falta de força de vontade. Quando não temos a quem justificar, acabamos por fazer o que deve ser feito, e a sensação de dever cumprido é deliciosa.
3. Crie conexões verdadeiras
Essa prática é um dos melhores remédios para nosso egoísmo e autocentramento, características que tanto afetam nosso bem-estar. Quando criamos conexões verdadeiras, desenvolvendo interesse genuíno pelo outro, tiramos um pouco o foco de nossas preocupações e nos damos conta dos infinitos universos que existem além do nosso.
Isso alivia nossa mente e nos ajuda a formar relações de parceria, que beneficiam um ao outro sem que esse seja o objetivo principal de estar perto e nos doar.
De acordo com Don Laurence Freeman, “A atenção é o melhor presente que podemos dar ao outro. […] Nossa capacidade de amar depende da qualidade da nossa atenção.”
4. Sonhe a si mesmo
Desde o começo de nossas vidas, somos convidados a exercer papéis que nem sempre se encaixam com nossas vontades, nossos desejos mais profundos. Entretanto, não estamos presos nas concepções que foram desenhadas para nós.
Cada um de nós pode exercer seu potencial humano mais pleno, superando as dificuldades emocionais e as visões limitantes.
Conseguir sonhar a si mesmo é olhar para além do que nos é oferecido, encontrar nossas aspirações mais profundas e desenhar passos para alcançá-las.
Criar metas e objetivos nesse sentido é mais uma das práticas que nos impulsionam ao bem-estar.
5. Abrace suas incertezas
Em vez de reagir, se culpar, culpar os outros, se estressar, lutar e sofrer com aquilo que acreditamos ser verdade, porque não questionamos nossas verdades e abraçamos as incertezas da vida?
Observar onde colocamos seriedade e peso, reconhecendo que nem tudo o que acreditamos ser certo é da mesma forma para todos, nos liberta de sentimentos negativos como a culpa, a pressão, a dor.
Na próxima vez que um sentimento se manifestar automaticamente, podemos sorrir para nossa confusão interna e externa, olhando e agindo ao invés de reagindo aos impulsos criados por nossas certezas.
Thich Nhat Hanh diz: “Para que as coisas possam se revelar a nós, precisamos estar prontos para abandonar nossas visões sobre elas.”